"Estourada", seleção pode descansar titulares contra os EUA
A seleção brasileira elegeu seu principal obstáculo na série de jogos que começou com a rodada dupla nas eliminatórias e agora parte para a segunda partida da Copa das Confederações. O aspecto físico virou vilão de um grupo assumidamente esgotado depois da temporada europeia e deve se sobrepor a conceitos técnicos e táticos na escalação para a partida contra os EUA nesta quinta-feira (11h, de Brasília), em Pretoria.
Nesta terça, membros da seleção, como o jogador Juan e figuras da seção médica, manifestaram que o descanso de titulares pode ser inevitável.
"Isso ainda vai ser conversado, com o doutor (José Luiz Runco, médico da seleção), o próprio Dunga. Todo jogador que sentir a mais perna pesada, tem a liberdade de comunicar a comissão técnica e pode não jogar. Temos um grupo forte, com 23 jogadores em totais condições de jogo. Quem tiver melhor, o Dunga poder escalar", disse o titular da zaga brasileira.
O médico responsável pela seleção na Copa das Confederações admitiu que o descanso de titulares fazia parte do planejamento da comissão técnico desde a etapa de treinos de Teresópolis, antes dos jogos contra Uruguai e Paraguai pelas eliminatórias sul-americanas. Na África do Sul, o momento de fazer alguns dos jogadores mais desgastados pararem parece estar próximo.
"Dos atletas que nós estamos em contacto, Juan e Maicon, que vieram de lesões, pode precisar de uma parada, por questão de manutenção de ritmo de jogo. Mas, se acharem que existe um certo limite, com esses e em outros casos, podemos decidir isso", afirmou Runco.
Do grupo que deve ser poupado no segundo jogo do grupo B da Copa das Confederações, a saída de Juan da zaga desponta como a alteração mais provável.
SELEÇÃO VENCE JOGO-TREINO | |
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Nesta terça, os reservas da seleção realizaram um treino contra uma equipe sub-19 da África do Sul. Na quarta, Dunga comandará o único treino antes do compromisso diante dos norte-americanos, no local da partida, o estádio Loftus Versfeld. Essa prática, combinada com a conversa particular com os atletas, deve nortear a escalação para quinta.
"Temos conversado sobre isso, mas vamos aguardar a recuperação dos atletas e em cima disso e tomar decisões quanto qualquer mudança", declarou Jorginho, auxiliar-técnico de Dunga na seleção.
Entre as reclamações do 'pacote cansaço' na seleção, a comissão técnica enumera seis viagens de avião para realização de três jogos, dificuldades de metabolismo diante de mudança de fuso horário e a queda na curva física dos jogadores após o final da temporada de clubes da Europa, onde a maioria do elenco atua.