Pelo tri, Brasil pega EUA em final da cautela contra a confiança
Apontado como favorito desde o início, o Brasil fez sua parte e chegou à final da Copa das Confederações. Venceu todos os jogos e está embalado. Mas quando entrar em campo às 15h30 (de Brasília) deste domingo, no Ellis Park, em Johanesburgo, a seleção terá boa dose de cautela diante dos Estados Unidos, responsáveis pela maior zebra da competição e "francos atiradores".
Já é também o país com maior identificação com o torneio. A seleção foi a única a ter participado das seis edições da Copa das Confederações, tem o maior número de vitórias (17) e o maior artilheiro: Ronaldinho Gaúcho, com nove gols, empatado com o mexicano Blanco.
Mas diante das "zebras" que já marcaram a disputa deste ano na África do Sul, a palavra de ordem na equipe de Dunga é respeito. No aperitivo da Copa de 2010, o Brasil não quer se despedir do país-sede do próximo Mundial como mais uma vítima de um resultado surpreendente. Foi o que aconteceu com a atual campeã mundial Itália (eliminada na primeira fase) e a atual campeã europeia Espanha (perdeu na semifinal e foi para a disputa do terceiro lugar).
"Todos esses exemplos que temos visto no futebol ajudam bastante a nos policiarmos para não acontecer o mesmo com o nosso time", comentou Gilberto Silva. "Já ficou provado no futebol que se você não faz bem seu trabalho, no dia do jogo as dificuldades são imensas", emendou.
Dunga também não quer saber de favoritismo ou retrospecto. Tenta deixar o elenco concentrado apenas na partida deste domingo e em sua importância. "Futebol não tem passado nem futuro. Falo para os jogadores que o futebol tem é presente. Por isso estamos focados em fazer a nossa história. Isso é o que está na cabeça de todos nós."
Brasil e Estados Unidos já se enfrentaram na atual edição da Copa das Confederações. Foi um passeio. Com uma atuação convincente, a seleção de Dunga fez 3 a 0, cedeu poucas oportunidades aos norte-americanos e deu passo considerável à semifnal com uma rodada de antecedência.
No entanto, a história agora é diferente. Os dois times tentam esquecer o primeiro jogo. O Brasil pretende apagar o triunfo fácil para não se iludir com o que encontrará na final. Os Estados Unidos agora se colocam de igual para igual e falam grosso. Estão animados pela vitória sobre os espanhóis.
"Os Estados Unidos têm uma equipe taticamente muito forte, são obedientes taticamente e sabem jogar no contra-ataque. Jogam com concentração os 90 minutos. É um time que cresceu ao longo da competição, mostrou qualidade contra a Espanha e merece estar na decisão", alertou Dunga.
Os norte-americanos estão realmente animados. Já avisaram que não respeitarão tanto o Brasil como ocorreu na primeira fase. "Na primeira vez, jogamos intimidados contra eles [brasileiros]. Jogamos com muito respeito. Depois conseguimos desenvoltura ao longo da competição. Conseguimos nos impor contra a Espanha e temos que nos impor contra o Brasil", avisou o defensor Carlos Bocanegra.
Para a final, Dunga não deu pistas sobre a escalação, mas deve manter o time que bateu a África do Sul na semifinal. Nos EUA, Bob Bradley não poderá escalar o filho Michael Bradley, expulso contra a Espanha. O brasileiro naturalizado Feilhaber é o favorito à vaga.
EUA X BRASIL
Data: 28/06/2009 (domingo)
Horário: 15h30 (de Brasília)
Local: estádio Ellis Park, em Johanesburgo (África do Sul)
Transmissão na TV: Bandeirantes, Globo e Sportv
Árbitro: Martin Hansson (SUE)
Auxiliares: Henrik Andren (SUE) e Fredrik Nilsson (SUE)
EUA
Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e DeMerit; Feilhaber (Kljstean), Clark, Dempsey e Donovan; Davies e Altidore
Técnico: Bob Bradley
Brasil
Júlio César; Maicon, Lúcio, Luisão e André Santos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires e Kaká; Robinho e Luís Fabiano
Técnico: Dunga
Fonte: UOL