África do Sul: greve segue pelo menos até terça-feira
Trabalhadores nas obras dos estádios para a Copa de 2010, na África do Sul, prometem manter por mais quatro dias a greve iniciada na quarta-feira (8), mas um acordo para encerrar o movimento não parece estar distante.
A discussão avançou nessa quinta (9), em reunião entre os dirigentes da União Nacional dos Mineradores (NUM), a Federação Sul-Africana de Empreiteiros da Construção Civil (Safcec) e o ministro africano do Trabalho, Membathisi Mdladlana. "Na próxima semana levaremos a proposta aos trabalhadores e se eles concordarem com os termos, nós assinaremos um acordo. Mas até terça-feira a greve deverá prosseguir", disse Shane Choshane, porta-voz da central de trabalhadores.
A greve ameaça a conclusão de cinco estádios da Copa e várias outras instalações de infraestrutura necessárias para o evento. “Precisamos encontrar uma solução que irá beneficiar as duas partes. A Copa do Mundo é importante para todos. Disputas como essa mancharão a imagem de nosso país. As duas organizações demonstraram grande comprometimento e logo chegarão a um acordo”, disse o ministro.
Na semana passada, outro porta-voz do NUN, Lesiba Seshoka, disse que 70 mil trabalhadores aderiram à greve. A paralisação se deve aos baixos salários pagos no setor. Segundo Seshoka, alguns operários na África do Sul recebem menos de 4,50 rands (R$ 1,10) por hora. A NUM exige reajuste de 13% no salários, enquanto a Safcec oferece apenas 10,4%.
Fonte: EFE, O Globo