quinta-feira, 23 de julho de 2009

Seguradora prevê grande investimento em prêmios na Copa

Dos R$100 bilhões em investimentos, cerca de R$ 1 bilhão seria destinado ao pagamento de prêmios


Seguradoras que atuam no Brasil estão ansiosas pela realização da Copa do Mundo de 2014. De acordo com levantamento realizado pela Mapfre Seguros, dos R$ 100 bilhões em investimentos previstos para a realização do evento no país, cerca de R$ 1 bilhão seria destinado ao pagamento de prêmios. Até lá, as empresas se preparam para abocanhar uma fatia desse mercado promissor.

"Queremos abocanhar uma fatia desse mercado, mas ainda estamos numa fase inicial. Acredito que os projetos previstos para a realização da Copa do Mundo no Brasil se tornem mais expressivos no ano que vem, após a Copa do Mundo de 2010, na África do Sul", afirmou Octavio Luiz Bromatti, diretor de riscos industrial da Mapfre Seguros. Vale lembrar que o tempo é curto, até porque na Copa das Confederações, em 2013, tudo tem que estar pronto.

Os grandes projetos englobam os setores de hotelaria, transportes (rodovias, pontes, metrô), aeroportos, energia e saneamento. "Temos muito interesse no projeto do trem de alta velocidade (TAV)", disse Angelo Colombo, diretor de grandes riscos da Allianz Seguros. De acordo com ele, de 1% a 2% dos custos do projeto são destinados a contratação do seguros para obras.

O estudo de viabilidade do projeto, divulgado na semana passada, apresenta um orçamento aproximado de R$ 34,6 bilhões para execução da empreitada que envolve gastos na área de construção civil, desapropriações, aquisição de materiais rodantes (trens), fora equipamentos e sistemas necessários à operação do TAV. O valor ficou bem acima do previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que era de US$ 15 bilhões. A obra deverá ir a leilão até o fim do ano e será concluída em 2014.

Seguros indiretos também estão envolvidos em um grande evento - como o de acidente pessoal para jogadores. Porém os que vão demandar maior verba são os ligados aos riscos de engenharia. Até maio deste ano, o mercado havia registrado R$ 332 milhões em prêmios. Em 2008, a mesma modalidade havia girado R$ 417 milhões.

"Esse é um seguro que não se renova já que acabado o projeto, acaba-se o contrato. Então um grande evento, como uma Copa do Mundo, sempre movimenta esse segmento", afirmou Luiz Felipe Smith de Vasconcellos, diretor de riscos de engenharia da Tokio Marine.

A companhia também está se preparando para lutar por uma fatia dos prêmios gerados com a Copa do Mundo. "Temos uma área de planejamento estratégico tentando entender os tipos de obra, valores envolvidos, consórcios líderes. Já fizemos um trabalho grande no ano passado e vamos refazê-lo este ano", ressaltou o executivo. A Allianz também está se aproveitando da expertise internacional para sair na frente de seus concorrentes - que, na opinião de Colombo - são as europeias e as que têm seguro e resseguro atreladas.

A companhia participou da Copa do Mundo da Alemanha (2006) - inclusive com a construção do Allianz Arena - EuroCopa em Portugal (2004) e as Olimpíadas de Atenas (2004). "Vamos trazer inteligência de fora. Mas creio que as soluções adequadas serão um diferencial", disse Colombo. Ele explicou que alguns projetos devem ser realizados por meio de parcerias público-privadas (PPPs) e, por conta disso, as apólices terão que ser adaptadas ao modelo. "Queremos ser líderes em soluções de seguros na Copa do Mundo de 2014", completou o diretor de grandes riscos da Allianz Seguros.



Obras no entorno

A Chubb Seguros também está de olho na Copa do Mundo de 2014, porém com outros objetivos: construção e reforma de estádios e projetos de infraestrutura no entorno dos estádios. "Tivemos uma pequena participação no Panamericano do Rio de Janeiro. Para a Copa do Mundo estamos preparados", disse Márcia Barbieri, gerentes de riscos empresariais da seguradora.

De acordo com ela, a Chubb já recebeu algumas Consultas de Cotação de uma construtora contratada por uma rede hoteleira em Brasília, uma das 14 cidades sedes da Copa de 2014. "Hoje, nossa carteira de riscos de engenharia é focada em hotéis, galpões industriais, shoppings centers. Queremos ter uma massa de prêmios que sustente a atuação em outro nicho", explicou Márcia. "Por essa razão e, por enquanto, grandes obras não está no nosso perfil", completou.

A executiva afirmou que a Chubb está preparada para atender a demanda gerada com a Copa do Mundo de 2014, tanto no que diz respeito a produtos, quanto pessoas qualificadas e contrato de resseguros. A seguradora instalou uma resseguradora admitida no Brasil - possibilidade gerada com a abertura do mercado de resseguros . Até então, só o IRB Brasil Re (antigo Instituto de Resseguros do Brasil) poderia fazer resseguro.



Fonte: DCI

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