terça-feira, 11 de agosto de 2009

Brasil, qual é a sua cara?

O designer Alexandre Wollner defende a racionalidade na criação da identidade visual da Copa 2014




É difícil saber o que pode definir a cultura brasileira. Ainda mais quando é para mostrar nosso rosto ao mundo todo. Até o momento, a Copa 2014 não tem identidade visual e a Fifa nem mesmo escolheu o escritório de design que irá moldá-la. Já que Brasil é sinônimo de diferenças, a dúvida que fica é: como encontrar essa tal de identidade visual? Segundo o designer Alexandre Wollner, a resposta não é nada simples: “o importante mesmo é realizar um estudo profundo e extenso, embasado nas orientações da Fifa e na cultura brasileira”.

Wollner é um dos precursores do design moderno brasileiro. Ele estudou na primeira turma do Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e criou logotipos de empresas como Itaú, Philco e Hering, ícones marcantes da cultura visual do país. Em entrevista realizada no estúdio do designer, no bairro do Butantã, em São Paulo, ele afirma logo de início que os brasileiros não podem mostrar ao mundo uma cultura que não seja a nossa. Wollner reprova, por exemplo, o uso de personagens já conhecidos para serem mascotes do Mundial. “Caricaturas não expressam significado nenhum do nosso país”, afirma. Para ele, a ideia de Maurício de Sousa de transformar o Pelezinho no símbolo da Copa "está fora".

Para Wollner, o projeto de design para uma Copa do Mundo é bastante complexo e vai além de definir a identidade visual, o logotipo e o mascote. "O escritório de design escolhido vai ter que montar uma estrutura de comunicação muito objetiva. É preciso entender a linguagem de todos os países que vêm para cá. Não basta só saber desenhar, porque se o designer fizer coisas 'muito artísticas' as pessoas se perdem", garante.



O mascote ideal

Wollner não imagina um mascote futurista para a segunda Copa em território brasileiro. Mas também não apela ao extremo oposto, e rejeita a adoção do folclórico Saci, outro pré-candidato a símbolo do Mundial. “Imagino que o mascote tenha que ser mais histórico. O Saci até seria um exemplo, mas eu não sei se todo mundo vai entender o que significa isso, pois vem de uma cultura muito local. O Brasil não é conhecido internacionalmente por seu folclore”, afirma.

Como alternativa, Wollner sugere que a identidade visual da Copa poderia apresentar elementos da música brasileira, por exemplo, bastante conhecida fora do país. Mas insiste em que não devemos "entregar a taça" facilmente: para ele, o mascote deve ser fruto do trabalho racional de muitas pessoas e de intensa reflexão no país.



Fonte: Portal da Copa 2014

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