Ricardo Teixeira é condenado por 'voo da muamba'
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira recebeu um duro golpe da Justiça carioca na noite de quarta-feira, ao ver anunciadas suas punições pela viagem da delegação da seleção nacional na volta da Copa de 1994, conhecida popularmente como o 'voo da muamba'.
A 22.ª Vara Federal do Rio de Janeiro suspendeu os direitos políticos do dirigente por três anos, graças aos prejuízos causados aos cofres públicos em razão da liberação das bagagens dos jogadores da seleção brasileira sem o desembaraço aduaneiro, no desembarque da Copa do Mundo de 1994. Por determinação da Justiça, o réu também ficou proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente pelo mesmo período da suspensão.
O Ministério Público Federal entrou com a ação alegando que, após a conquista do título de 1994, a delegação brasileira e seus convidados retornaram ao Brasil trazendo 17 toneladas de produtos importados. Segundo a sentença, depois que a administração fiscal determinou a liberação apenas das bagagens de mão, o réu teria condicionado o desfile dos jogadores à liberação das mercadorias, o que ocorreu sem qualquer controle da administração.
O advogado do presidente Ricardo Teixeira, que também é diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, prometeu recorrer da decisão, mas garantiu que a punição não tem qualquer influência sobre os trabalhos do dirigente na CBF ou no Comitê da Copa de 2014.
"Não tem efeito prático o que a 1.ª instância da Justiça decidiu. Mesmo se Ricardo quisesse ser candidato a deputado amanhã, ele poderia. Como não tem essa pretensão eleitoral, a primeira parte da condenação não tem efeito, é simbólica", opinou. "Quanto às proibições de contratar com o Poder Público, as restrições são dirigidas a ele e não a entidades que por ventura ele presida", concluiu.
Fonte: Gazeta Esportiva.net