Desconhecido, Egito prega coragem e fé em 'zebra' contra o Brasil

Entre os rivais da primeira fase na Copa das Confederações, o Egito é provavelmente a seleção que menos oferece informações ao Brasil de Dunga. Pouco se sabe sobre o time e seus jogadores, além do fato de que é o atual bicampeão da Copa Africana de Nações.

VOCÊ SABIA?
Brasil e Egito não têm um histórico de duelos extenso. As duas equipes se enfrentaram apenas quatro vezes, indicam os registros da Fifa, sempre em partidas amistosas (todas elas disputadas entre 1960 e 1963). Em um desses confrontos, o ídolo das Copas do Mundo Garrincha marcou seu primeiro gol na seleção brasileira.

Do lado brasileiro, os jogadores admitem não estarem munidos ainda de elementos para estudar o primeiro rival no torneio na África do Sul, em condições distintas dos confrontos seguintes, contra Estados Unidos e Itália.

O Egito exporta poucos atletas para a Europa e atualmente não tem nenhum grande destaque em clubes desse continente (de relevante, apenas a presença do atacante Mohamed Zidan no elenco do Borussia Dortmund-ALE). Do grupo da Copa das Confederações, 19 jogam no próprio país.

Por sua vez, do lado egípcio, existem duas palavras de ordem: fé e coragem. Os campeões africanos acreditam que estarão derrotados de cara se começarem o jogo com medo do Brasil e sua lendária fama nos campos. Também apostam no elemento surpresa para, em pretensões modestas, arrancar pelo menos um empate do time de Kaká, Robinho e companhia.

"Sabemos que o Brasil está no topo, sabemos da diferença técnica, mas não temos medo. No futebol tudo é possível. Temos condições de mostrar a evolução do futebol africano e, com sorte, conseguir um bom resultado, como um empate", diz o técnico Hassan Shehata após o treino deste sábado em Bloemfontein.

"O futebol é o jogo das surpresas. Não se pode dizer o resultado antes de um jogo", declarou o goleiro Essam al-Hadary, que disse levar ao confronto a experiência do duelo contra Alexandre Pato no Mundial de Clubes de 2006, no jogo entre Al Ahly e Internacional (sofreu um gol do brasileiro).

Antes do jogo, a expectativa na seleção brasileira é a realização de uma palestra com vídeo para apresentação de detalhes sobre o rival da estreia. "Não conhecemos nada sobre eles, mas até o jogo devemos conversar com o Dunga e ver algo na preleção sobre as armas deles", disse o atacante Luís Fabiano.

A seleção brasileira estreia na Copa das Confederações na próxima segunda-feira, às 11h (horário de Brasília), contra o Egito, no Free State Stadium, na cidade de Bloemfontein.

O Brasil integra o grupo B da Copa das Confederações e, além do Egito, enfrenta na primeira fase as seleções de EUA e Itália. As duas melhores equipes da chave avançam às semifinais.