Greve dos operários poderá prejudicar andamento das obras para a Copa
Em nota oficial, Comitê Organizador da Copa disse esperar que a questão se resolva dentro de uma semana
Uma greve iniciada nesta quarta-feira por mais de 70 mil trabalhadores da construção civil da África do Sul paralisou as obras de infraestrutura e até dos estádios para a Copa do Mundo de 2010. A União Nacional dos Mineradores, que também representa os operários, exige um reajuste salarial entre 13% e 15% para retomar as atividades - a oferta das empreiteiras foi de 10,4% de aumento. Em frente ao estádio Soccer City, em Joanesburgo, palco da abertura e do encerramento do Mundial, centenas de operários marcharam com pedaços de pau nas mãos.
- Nós vamos permanecer em greve até 2011 se nossas demandas não fortem atendidas - ameaçou o porta-voz do sindicato, Lesiba Seshoka.
Em nota oficial, o Comitê Organizador da Copa disse esperar que a questão se resolva dentro de uma semana. Caso isso aconteça, os planos de entregar todos os estádios do Mundial até o final do ano não seriam afetados. Dos dez estádios que serão utilizados, cinco ainda não estão prontos.
- É importante dizer que a constituição da África do Sul permite que qualquer cidadão faça greve na luta por seus direitos. Então é algo que não podemos impedir. Mas nós e a Fifa sabemos que isso não vai afetar o cumprimento de nossos prazos. Vamos entregar todos os estádios com seis meses de antecedência – garantiu o chefe do Comitê Organizador Irvin Khoza.
Entre as obras prejudicadas com a paralisação estão a modernização dos aeroportos de Durban e da Cidade do Cabo, a construção de uma linha de trem rápido em Joanesburgo, além dos estádios para a Copa de 2010.
Estádios | Situação |
Joanesburgo (Ellis Park) | Pronto |
Joanesburgo (Soccer City) | 90% pronto |
Pretória | Pronto |
Rustemburgo | Pronto |
Blomfontein | Pronto |
Porto Elizabeth | Pronto |
Polokwane | 85% Pronto |
Nelspruit | 84% Pronto |
Durban | 80% Pronto |
Cidade do Cabo | 75% Pronto |
Fonte: Globo Esporte.com