domingo, 19 de julho de 2009

Entrevista: Paulo Odone, coordenador da Copa no RS

"Beira-Rio será a arena da Copa", afirma o secretário, ex-presidente do Grêmio



Desde a confirmação de Porto Alegre como uma das sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014, o Rio Grande do Sul já respira o maior torneio de futebol do planeta. Para iniciar imediatamente os trabalhos, a governadora Yeda Crusius criou a Secretaria Extraordinária do Gabinete Executivo da Copa 2014. E colocou lá uma personalidade do futebol para comandar: o ex-presidente do Grêmio e deputado estadual Paulo Odone de Araújo Ribeiro. A expectativa, segundo o secretário, é atrair um público de aproximadamente 300 mil pessoas durante o período dos jogos, incluindo a pré-temporada. E mais: mesmo sendo gremista, Odone ressalta que o local de disputa das partidas será o Beira-Rio, estádio do rival Internacional.

Se a Copa do Mundo de 2014 fosse agora, o Estado teria toda a infraestrutura para sediá-la?
É necessário preparar o Rio Grande do Sul e fazer uma série de adequações dos equipamentos e serviços já existentes para acolher o contingente de visitantes de acordo com as exigências e padrões internacionais estabelecidos pela Fifa. Essa é exatamente a razão de ser da nova secretaria extraordinária da Copa: coordenar esforços, em âmbito estadual, para que o nosso estado e Porto Alegre, onde a prefeitura já iniciou suas atividades, cheguem a 2014 com todas as condições que um megaevento como este exige de suas sedes, em termos de infraestrutura de fornecimento de energia elétrica, rodovias, sistema de transportes, modernização aeroportuária e portuária, segurança, saneamento, saúde, tecnologia, turismo, hotelaria e, principalmente, capacitação de recursos humanos.

O senhor assumiu o cargo muito recentemente. E agora, quais serão os primeiros passos, seu planejamento?
O primeiro passo é articular as ações voltadas à Copa junto à ampla rede de instituições que ela envolve, tanto no setor público como privado e não-governamental, nas esferas municipal, estadual, federal e internacional. Nosso maior desafio é criar os instrumentos e buscar os recursos necessários para que haja sinergia no desenvolvimento deste trabalho de forma a otimizar investimentos, evitar desperdício e criar condições de monitoramento e avaliação permanentes dos avanços e dificuldades. Compreendemos que a Copa é uma oportunidade histórica para promovermos o desenvolvimento econômico e social em nosso estado, construindo um legado que, certamente, não se esgotará em 2014.

Nossa expectativa é atrair um público de 300 mil pessoas
durante o período dos jogos


Como o Rio Grande do Sul irá se preparar para o crescimento do turismo?
Nossa expectativa é atrair um público de aproximadamente 300 mil pessoas durante o período, incluindo a pré-temporada da Copa. No momento, estamos dando os primeiros passos para a instituição de um programa de capacitação de recursos humanos. Isso significa qualificar o atendimento aos turistas por meio da preparação de voluntários e profissionais que atuarão na acolhida aos visitantes, prestando serviços na rede hoteleira, em bares e restaurantes, lojas, pontos de atração turística, de chegada e partida, e que precisam estar habilitados à comunicação em diversos idiomas. Está prevista a ampliação do número de leitos na rede hoteleira, a instalação de um sistema de sinalização multilíngue padronizada, a adoção de medidas para garantir a acessibilidade a portadores de necessidades especiais e a preparação de sistemas de comunicação em rede com os centros de atendimento aos turistas, assim como diversos projetos de valorização das rotas turísticas com maior potencial de atração, entre outras iniciativas.

O que estado pretende fazer para melhorar a segurança visando à Copa do Mundo?

Já foram iniciados investimentos envolvendo a contratação de mais servidores para a área de segurança e está sendo implementado um projeto de renovação da frota, que qualificará os equipamentos utilizados nas atividades policiais, periciais e penitenciárias. Encontram-se em andamento, também, ações voltadas à racionalização operacional e à modernização tecnológica do setor, além de iniciativas para qualificar o atendimento à população e atuar na prevenção à violência. Nesse sentido, a Secretaria Estadual de Segurança, por meio da Brigada Militar, já está se preparando para garantir os padrões de segurança que um evento do porte da Copa do Mundo exige.

Como será possível conciliar os interesses das duas grandes agremiações da cidade, Inter e Grêmio, já que os dois clubes querem receber a Copa?
É possível conciliar os interesses, sem dúvida. Em uma primeira etapa, trataremos de garantir que ambas as agremiações possam usufruir dos benefícios fiscais para a realização das obras de que necessitam. No caso do Internacional, serão investimentos em reformas do estádio Beira-Rio, onde os jogos serão disputados. Já o Grêmio tem como meta a construção de sua Arena, que qualificará ainda mais nossa infraestrutura esportiva, disponibilizando moderno equipamento para utilização na Copa.

Até 2010 serão investidos mais de R$ 1 bilhão em saneamento
visando à Copa de 2014



Como gremista, o senhor tem esperança de que jogos também sejam realizados na nova arena do Grêmio?
O local de disputa das partidas será o Beira-Rio, mas é preciso lembrar que as seleções necessitarão de espaços para realizar seus treinamentos e jogos preparatórios. Nesse sentido, por sua localização e características estruturais, a arena do Grêmio será um espaço privilegiado a ser colocado à disposição das seleções visitantes.

Como evitar que doenças como a gripe suína, dengue, malária, hepatite, febre amarela, entre outras, prejudiquem o evento em 2014?
É necessário iniciar, desde já, um trabalho de caráter preventivo que envolve as áreas de saúde e saneamento. Já existe previsão de investimentos em projetos municipais de saneamento com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Municípios como Esteio, Guaíba e Montenegro, por exemplo, tiveram projetos de drenagem urbana habilitados pelo ministério das Cidades, que são fundamentais para que as prefeituras se habilitem a receber recursos estaduais ou federais. Até o final deste governo, a Companhia Riograndense de Saneamento, Corsan, investirá mais de R$ 1 bilhão em obras de expansão e melhorias dos sistemas de água e esgotos. Em paralelo, esperamos avançar também no sistema público de saúde e realizar trabalho de conscientização e orientação da população em relação a essas doenças.



Fonte: Portal Copa 2014

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