sexta-feira, 31 de julho de 2009

Projeto do estádio de Cuiabá será contratado sem licitação

Pressa é a justificativa do governo. Obras devem começar em janeiro


O governador Blairo Maggi, do Mato Grosso, divulgou ontem (29/7), o calendário das obras de construção do novo estádio Governador José Fragelli (Verdão). Segundo informações do jornal Expresso Mato Grosso, a construção será iniciada no dia 31 de janeiro de 2010, conforme exige o calendário ajustado com a Fifa. "Diante da necessidade de lutar contra o tempo, haverá dispensa de licitação (de R$ 12 milhões) para a contratação da empresa que fará o projeto. A decisão foi criticada pelo vice-presidente do Sinaenco - Sindicato da Arquitetura e Engenharia, João Alberto Viol.


No total, o estado do Mato Grosso investirá R$ 430 milhões no novo estádio. Para acompanhar o andamento da obra, será contratada uma empresa de consultoria que participou na organização das Copas da Alemanha, em 2006, e da África do Sul, em 2010. Esta empresa receberá cerca de R$ 4 milhões pelo serviço. O governador pediu apoio dos poderes Legislativo e Judiciário para o cumprimento do cronograma. Os presidentes do Tribunal de Justiça, Mariano Travassos; do Tribunal de Contas, Antônio Joaquim; e o deputado estadual Maksuês Leite já garantiram apoio para a execução do projeto.



Licitação é necessária, diz Sinaenco
"Apertar a etapa de projeto para ganhar dois ou três meses pode gerar enormes problemas e prejuízos ao longo das obras, gerar atrasos e aumento de custos de forma imprevisível", comentou o engenheiro João Alberto Viol, vice-presidente do Sinaenco. Viol lembrou que desde 2007, quando iniciou a campanha pela Copa 2014, o Sinaenco tem defendido a necessidade de que os projetos sejam licitados para que os contratantes possam ter o melhor projeto com a melhor qualidade e melhor preço. "A lei brasileira exige que os projetos de obras públicas sejam licitados para garantir que a melhor técnica seja escolhida, de forma a garantir a qualidade da obra, o prazo adequado e evitar desperdícios de dinheiro público. Economizar no projeto - que significa cerca de 5% do valor da obra - pode gerar gastos adicionais de 20% a 30% nos gastos com a obra, além de atrasos e problemas com os tribunais de contas e demais organismos de controle", explica o especialista.


João Viol lembrou que a pressão da Fifa pelo prazo neste momento poderá gerar prejuízos no futuro. "E se é verdade que o governo de Mato Grosso está mesmo apressando o projeto por causa do prazo da Fifa, então o problema vale para todo o Brasil, o que pode ser muito mais grave", comentou. Até o fechamento da reportagem não havíamos conseguido falar com o coordenador da Copa em Cuiabá, Yuri Bastos.

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